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Foto do escritorJe Fachini

Insegurança: o medo de não ser bom que todo escritor sente


"Imagem de uma pessoa segurando um livro aberto, cobrindo o rosto. Do topo do livro surgem flores coloridas, principalmente margaridas e flores roxas. A pessoa veste um suéter de tricô bege com detalhes em padrões geométricos, e usa uma pulseira delicada com pingentes dourados. O fundo é neutro, dando destaque ao livro e às flores, simbolizando criatividade e crescimento através da leitura."

Comentei no Instagram semana passada que eu tenho muita insegurança em relação ao que eu escrevo, e não porque não acho que está ruim, mas porque que sou extremamente perfeccionista. Então, até o meu melhor texto, para mim, é ruim.

Por algum motivo isso é algo que se enraizou em mim, e tenho tentado vencer esse bloqueio. Agora em novembro decidi começar uma nova história, sem muito planejamento, sem muitas pretensões. Tirei o peso de escrever como escritora e me lembrei de quando escrevia redações de 3 páginas para minha professora de português.

Tenho tentado relembrar todos os dias que é o primeiro rascunho e ele deve ser imperfeito, e que na escrita tudo pode se aperfeiçoar.


Para reforçar isso, vocês, como comunidade, têm sido um grande apoio. Todo escritor tem seu momento de insegurança e tá tudo bem. Tomei a decisão de não deixar mais isso me paralisar e para me ajudar (e te ajudar, se você também se sente assim).


Aqui estão alguns exemplos de escritores famosos que já sentiram insegurança:


Vários autores famosos já falaram sobre a insegurança em relação aos seus textos. Um exemplo notável é Ernest Hemingway, que discutiu suas inseguranças e desafios com a escrita. Em uma entrevista à "Paris Review", ele afirmou:

"We are all apprentices in a craft where no one ever becomes a master."

Tradução:

"Todos somos aprendizes em uma arte onde ninguém se torna mestre."

Essa citação reflete a ideia de que a escrita é um processo contínuo de aprendizado e aperfeiçoamento, independentemente da experiência ou sucesso alcançado.


J.K. Rowling

J.K. Rowling, em seu discurso de formatura em Harvard, também falou sobre suas inseguranças e fracassos antes de alcançar o sucesso com "Harry Potter". Ela destacou que enfrentou rejeições de várias editoras e que isso abalou sua confiança, mas ela persistiu porque acreditava em sua história.


Stephen King

Stephen King, em seu livro "On Writing: A Memoir of the Craft", fala abertamente sobre suas inseguranças como escritor. Ele menciona:

"The scariest moment is always just before you start."

Tradução:

"O momento mais assustador é sempre justo antes de começar."

King enfatiza que mesmo os escritores mais experientes sentem medo e insegurança, mas a chave é superar esse medo e começar a escrever.


Neil Gaiman

Neil Gaiman, um renomado autor de ficção e fantasia, também falou sobre suas inseguranças em diversas ocasiões. Em um discurso de formatura na Universidade de Philadelphia, ele disse:

"The problems of failure are hard. The problems of success can be harder, because nobody warns you about them. The first problem of any kind of even limited success is the unshakable conviction that you are getting away with something, and that any moment now they will discover you."

Tradução:

"Os problemas do fracasso são difíceis. Os problemas do sucesso podem ser mais difíceis, porque ninguém avisa sobre eles. O primeiro problema de qualquer tipo de sucesso, mesmo que limitado, é a convicção inabalável de que você está enganando alguém e que, a qualquer momento, descobrirão você."

Os primeiros livros de escritores famosos


Escritores famosos frequentemente compartilham histórias interessantes e inspiradoras sobre seus primeiros livros. Aqui estão algumas reflexões de autores renomados sobre suas primeiras obras:

Stephen King:

  • Livro: "Carrie" (1974)

Stephen King quase desistiu de "Carrie". Ele jogou o manuscrito no lixo, mas sua esposa, Tabitha, o recuperou e o incentivou a terminar. Ele afirma que "Carrie" foi um marco importante para sua carreira, ensinando-lhe a importância de persistir.


J.K. Rowling:

  • Livro: "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (1997)

J.K. Rowling enfrentou inúmeras rejeições antes de finalmente encontrar uma editora para o primeiro livro de Harry Potter. Ela descreve esse período como desafiador, mas acredita que a perseverança e a crença em sua história foram fundamentais para seu eventual sucesso.


Margaret Atwood:

  • Livro: "The Edible Woman" (1969)

Margaret Atwood comenta que seu primeiro romance foi escrito em um período de transição em sua vida. Ela reconhece que a obra reflete suas próprias inseguranças e questionamentos sobre identidade, o que ajudou a moldar seu estilo e voz únicos.


George Orwell:

  • Livro: "Down and Out in Paris and London" (1933)

George Orwell considerava seu primeiro livro uma obra muito pessoal, nascida de suas experiências de pobreza e marginalização. Ele acreditava que escrever sobre suas próprias dificuldades o ajudou a desenvolver uma empatia mais profunda em sua escrita.


Toni Morrison:

  • Livro: "The Bluest Eye" (1970)

Toni Morrison escreveu "The Bluest Eye" enquanto trabalhava em tempo integral e cuidava de seus filhos. Ela descreve o processo como exaustivo, mas também como uma forma de libertação criativa, permitindo-lhe explorar temas complexos de raça, identidade e beleza.


Essas reflexões mostram que muitos escritores famosos perseveraram, acreditaram em suas histórias e aprenderam valiosas lições que ajudaram a moldar suas carreiras literárias.


Nosso primeiro esboço não define nossa escrita, nossa insegurança não deve definir a nossa capacidade. Que você possa se sentir encorajado a continuar, mesmo se você se sentir inseguro.

E eu estou aqui, se você quiser conversar.


Sinceramente Je


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