Sophie e Agatha moram em uma pequena Vila chamada Galvadon que é aterrorizada por uma lenda. De quatro em quatro anos duas crianças são raptadas em um certo dia, de um certo mês. A lenda conta que as crianças raptadas vão para uma escola na qual aprendem a serem vilões ou heróis, lá elas são designadas para suas próprias histórias. Todos os anos os aldeões recebem livros com os contos de fadas e neles reconhecem as crianças perdidas.
Sophie têm longos cabelos loiros, é muito cuidadosa com sua aparência, procura sempre fazer boas ações e tem certeza que será levada neste ano. Ela deseja isso!
Já sua amiga Agatha é sombria, apaixonada por seus coturnos e seu gato. Ela vive em um cemitério e tem certeza que a cidade está louca em acreditar nessas baboseiras de contos de fadas.
Quando chega o dia que todos temem, uma sombra aparece e escolhe Sophie, que está toda feliz, mas Agatha não sabe disso e tenta salvá-la, o que acaba fazendo ela ser levada também.
Confirmando as suspeitas, as duas são levadas para a escola. Porém, há uma confusão, Sophie é jogada na escola do Mal e Agatha na escola do Bem! - Isso não é um spoiler, apesar de eu achar que é, entretanto, isso está escancarado na capa do livro. Fica óbvio para as duas garotas que aconteceu um erro. Sophie é uma princesa e Agatha é uma bruxa.
Sophie conhece Hester e Dot que são suas colegas de quarto. Já as colegas de Agatha, morrem de medo dela e a deixam sozinha. Beatrix é a grande beleza da escola do bem. Tedros é o príncipe que todas desejam. Hester quer ser a melhor vilã.
O responsável pela escola é o Diretor que ninguém vê, mas todos sabem que é ele controla o storian, ( caneta mágica responsável por escrever todos os contos de fadas). O diretor tinha um irmão gêmeo, um representava o bem e o outro representava o mal. Após uma luta épica, um dos dois morreu, mas, nunca ninguém soube qual deles. Todos imaginam que é o irmão do bem, já que o mal não ganha nos contos de fadas há 200 anos. O irmão sobrevivente controla o Storian.
Quase todo o enredo fala sobre: a dificuldade de Sophie tentando provar que é uma princesa; Agatha que faz o que pode para Sophie ser feliz, ajudando-a nos estudos e se anulando em todas as ocasiões possíveis; Tedros que é o príncipe mais bipolar (ele gosta de Beatrix, Sophie e Agatha ao mesmo tempo), burro e inseguro; os outros personagens são meros coadjuvantes, que sinceramente, nem sei porque eles estão ali.
O conto de Sophie e Agatha já está sendo escrito pelo Storian e elas precisaram descobrir como encontrar o felizes para sempre.
O enredo é arrastado! Os primeiros capítulos são essenciais para entender o que é a historia, mas depois da página 50 achei que é só enrolação, mais do mesmo. Até a pagina 250/300, que é aí que a coisa começa a ficar boa! A partir desse ponto, em 50/100 páginas há uns 90 plot twists super bem construídos e inteligentíssimos, que fazem a história andar mais rápido!
O enredo tem uma ideia extraordinária, mas que pra mim, foi mal executada! O autor tinha tanto pra falar, tanto pra explorar e se concentrou em coisas banais. As descrições são vagas e muitas vezes tive dificuldade de imaginar os cenários.
Por ter optado pela história em terceira pessoa ele teve mais liberdade para andar entre as escolas do bem e do mal, mas tenho a impressão que não conheci nenhuma das duas.
Precisei reler vários trechos, pois, em alguns momentos o autor descrevia uma coisa e na seguinte já estava em outra. Talvez algumas coisas não tenham sido bem aproveitadas na tradução.
Título: A escola do Bem e do Mal
Autora: Soman Chainani
Tradutor: Alice Klesck
Editora: Gutemberg
Publicado em 2013
Idioma original: Inglês
352 páginas
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